Aparentemente o individuo, sabe-se lá porquê, gritou, Deus vai salvar-me, se existir!, e desceu através de uma corda até aos reinos dos leões, descalçou os seus sapatos [estaria perante uma manifestação divina, ele esperava] e foi ter com os leões.
Aparentemente o final foi feliz, um dos leões agarrou o nosso herói pela garganta e matou-o, para satisfação dos espectadores (leões e humanos) em redor.
Algumas interrogações com respectivas possibilidades de resposta:
Porque terá o individuo posto à prova a existência do deus daquela forma?
- Porque o deus, tem mais do que fazer e só responde perante situações de vida ou morte, caso em que se enquadrava a situação.
- Talvez, a não existência do deus, nos moldes em que o nosso herói acreditava implicasse uma vida sem sentido, e portanto o desfecho, por omissão, seria adequado.
- Talvez o nosso herói fosse o David E. Jones, artista que nunca tem medo do que acontece se não se verificar uma determinada situação.
Quanto à questão, Porque não salvou Deus o idiota? [ordem decrescente de preferência]
- Deus não existe.
- Deus existe, mas sofre de doença de Alzheimer, está incapacitado e é o pobre Diabo que o vai amparando, não tendo tempo para estas lamechices.
- Deus está farto de cromos destes desde o tempo do Moisés, e nestes casos, Merecias era um grande par de estaladas, vem mas é cá.
Lembro de há muitos, muitos anos era eu ainda uma criança, durante uma aula daquelas das aulas de catequese, leia-se sessões de tentativa de obstrução mental, de uma cena qualquer, não propriamente bíblica, dado a tecnologia envolvida, em que um indivíduo, também idiota, teria algures no tempo da história, e estando a ser cercado pelo mar (situação de preia-mar) ter posto à prova de forma semelhante o seu deus. A diferença em relação à história primeira, além da última ser de fantasia, consistia no facto de o que não sabia nadar ter tido várias hipóteses de se salvar. Lembro-me particularmente de uma, um helicóptero. Alguém com um helicóptero ofereceu-se para salvar o homem. Mas este recusara esta e todas as outras tentativas de salvamento alegando que Deus o iria salvar. Segundo, o que me lembro, no fim da história o individuo teve a sorte de morrer sem saber que o seu deus não existia. O moral da história era qualquer coisa do género, Deus ajuda, mas temos que ser nós ... [completar a gosto]. Talvez a este ucraniano, a tal parábola contada a mim naquela altura lhe tivesse servido para alguma coisa. Talvez a obstrução mental seja benéfica, pelo em indivíduos destes.
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