Ora, fingindo que não entendendo nada de computadores nem Internet, e tendo que criar um blog deixem-me aqui inventar uma blogosmonia, derivada da palavra cosmogonia, uma daquelas de fantasia, das que se podem impingir aos desgraçados, que explique a criação do blog, a partir do nada. Há umas quantas cosmogonias engraçadas, a grega, até agora a minha preferida, mas em que actualmente ninguém acredita, ou quase ninguém, a romana, uma espécie de plágio da grega, com um disfarce que qualquer bom detector de cópias detectaria, a budista, hinduísta, entre outras, que ainda não conheço, a egípcia de que só tenho umas noções, mas que também me parece gira. E claro, umas que também têm a sua graça e infelizmente desgraça, são elas, a Judaica, a Cristã derivada da primeira, e a Islamita derivada das duas primeiras, claro que além da derivação existe alguma conveniente modificação principalmente na 3ª, além do que a 1ª nega a 2ª, mas alguns seguidores da 2ª, que intrinsecamente criam na 1ª, perseguiram os da 1ª, e daí parte da desgraça, os da 2ª, além de, obviamente, perseguirem os da 3ª, a outra parte da desgraça, são perseguidos pelos da 3ª . Os da 1ª ... , continuemos, que isto é assunto para outro artigo, que ainda não poder ser criado, pois não existe blog.
Ora, por uma razão particular, a da moda, escolho a cosmogonia judaica, que é a mesma da cristã, e talvez a mesma, ou semelhante à islâmica.
Ora, pretendo criar um blog, mas para isso tenho que pedir a Deus nosso senhor que tudo pode, com ou sem f, entenda-se, que o faça, por que ainda não existe nada, Deus, meu senhor, tende piedade de mim, e cria-me um blog, a este teu humilde servo, é assim que se costuma falar com ele, e eu necessitando deste Blog não serei diferente, Hum, respondeu o gajo, Para que queres tu um blog, homem, Para explicitar as minhas opiniões, algumas das quais serão sobre ti, meu adorado Senhor, ao que respondeu Deus, que parecia um pouco sonífero, Está bem, e retirou-se. Bem, agora está nas mãos dele, de Deus, a criação do Blog. Vou continuar a fazer F5, subentenda-se refresh para ver se a página já foi criada.
Entretanto Deus, nos seus aposentos, e sem eu saber pensa consigo próprio:
Ora, um blog, para isso preciso de criar uma miríade de coisas, e não tenho tempo para isso, mas o rapaz pediu-me aquilo com tanta delicadeza, que eu não posso negar, só se pedir ali ao Diabo, mas assim ficariam a saber que o Diabo me pode negar, ou então que eu não tenho vontade, pah...
E num súbito raio de luz que o inspirou...
Já sei, vou criar um bicho qualquer, com alguma inteligência para que me crie os tais computadores e Internet e depois me crie as páginas Web, e logo a seguir me faça o Blog. Grande ideia que eu tive, graças a mim. Ora um bicho que tenha inteligência... quanta será necessária?
E novamente numa luminosa inspiração,
Ah...,valha-me eu..., suspirando, Já estou a ficar velho, já criei o bicho de que falo há tanto tempo que já nem me lembro, é o próprio Homem, queira eu ali pedir a um deles que me crie essas coisas todas, Ora deixo ver, o Moisés, já morreu, o Abraão também, há algum tempo. E o Jesus? Esse foi o tal que teve duas oportunidades, Parvo dum raio! Já morreram todos, porra. Não me digo que para criar a porcaria de um blogzito vou ter que mandar um novo messias, ou cristo, ou lá o que eu lhe queira chamar. Está bem, lá terá que ser, vou criar um, mas desta vez só pelo tempo estritamente necessário, e será um messias anónimo, que eles só fazem merda! não vá aparecer outra religião, que eu já não tenho cabeça para atender a tanta casa...
E assim enviou Deus, à Terra, um messias, anónimo e apenas pelo tempo estritamente necessário. Foi escolhido um tipo qualquer, que só Deus sabe quem e como, e foi dotado das instruções necessárias para cumprir as suas funções. Criou o blog, e morreu. Claro que houve uma qualquer família no mundo que ficou sem o seu querido filho, ou filha, mas isso que importa? Foi o Diabo que o atentou e o levou.
